06 Capitulo
Colares do Sonho...
(Colares dos Sonhos)
Após
eles decidirem voltar à biblioteca e ler um pouco mais sobre sonho, novamente pegaram
o livro Utopia, ao foliar as paginas, encontraram uma folha colada na capa, e
nela havia escrituras em latim. No
momento ninguém sabia o que fazer, pelo fato de viverem em uma cidade pequena era
um pouco difícil achar um dicionário de latim
por ali, e um computador com internet mais próximo para eles era o que tinha na
casa de Sófia.
Mas,
Carlos lembrou que o dono de uma loja de artefatos ao lado da biblioteca, já havia
vivido no Vaticano e talvez ele soubesse traduzir a carta. Então, foram até lá,
mostrar o pergaminho para o senhor que se chamava Aliarim.
-
Em que posso ajudar crianças? – Perguntou Sr. Aliarim
-
Você conhece expressões em latim? - Carlos
imediatamente pergunta.
-
Não muito, mas, porque essa pergunta?
-
Nós encontramos um papel escrito nessa língua e queríamos saber se o senhor
poderia traduzir ele para nós? – diz Cecilia
-
Deixe-me ver esse papel!
No
momento em que o dono do estabelecimento viu aquele pergaminho ficou surpreso e
feliz ao mesmo tempo e os quatro não entenderam aquela reação.
-
Eu esperava por esse momento há muito tempo! - Aliarim exclamou em um tom de alegria e preocupação
– me acompanhem!
Eles
seguiram aquele senhor para uma sala nos fundos da loja e chegando a esta sala
cheia de relógios antigos, livros empoeirados e objetos aparentemente muito
antigos. Ele se aproximou de uma estante no canto da sala e abaixou-se e puxou
uma caixa de madeira vermelha, aproximou-se deles e abriu a caixa. Todos inclinaram
a cabeça para frente para ver o que havia lá e ao verem simples colares ficaram
ainda mais confusos.
-
Chega, vou da o fora daqui! – disse Paulo um pouco assustado.
-
Calma Paulo! – Sofia segura o braço de Paulo e o puxa para perto.
-
Não precisam ficar assustados já vou explicar o que está acontecendo! - Aliarim
falava de forma tranquila – esses colares pertencem a vocês e aquele pergaminho
diz o seguinte: “O fim da tormenta
surgirá no momento certo, pois o coração puro será o único capaz de libertar o
inocente de uma condenação eterna, mas será preciso dar a luz a 4 vidas para
iluminar um só caminho.”.
-
E o que nós temos haver com isso? – Perguntou Carlos.
-
Tudo, pois vocês que são as “4 vidas”...mas não posso falar nada agora, vão
embora rápido! Outro dia eu termino o que tenho a dizer. – diz Aliarim.
Aliarim
interrompe o que estava dizendo do nada e olha para os lados como se estivesse procurando
algo ou vendo alguma coisa.
-
Vão, vão logo!
-
Não! O senhor tem muitas coisas para nos dizer! - Carlos e os outros
concordaram.
-
Porque nos deu esses colares? - Perguntou Cecilia um pouco confusa.
-
Não posso dizer nada agora, voltem amanhã e eu falarei tudo o que vocês querem ouvir,
mas agora não há tempo!
O
Sr. Aliarim empurrou os quatro para fora e continuava olhando para os lados.
-
Vão embora! Agora!!!
Mas
Paulo batia na porta pedindo para ele abrir, porém, Aliarim trancou a porta e
desceu as cortinas e já não dava mais para ver através da porta.
-
Vamos, ele não vai abrir essa porta mesmo. – diz Sofia acalmando Paulo.
-
Voltamos amanhã pela tarde! - Cecilia
Paulo
e Carlos concordaram e foram embora. Pouco tempo depois que eles saíram, chegou
um casal com roupas brancas um pouco desgastadas, como se tivessem vindo de uma
guerra e com um chute o homem arrombou a porta da frente, invadindo a loja e
questionando sobre os colares para Aliarim.
-
O que vocês querem aqui guardiões? O que procuram já não está mais em minhas
mãos... Está nas mãos dos seus verdadeiros donos! – diz Aliarim.
-
Você enlouqueceu! Aqueles jovens ingênuos não tem capacidade de lidar com o
poder e a responsabilidade que trás os colares. – Guardião Fernando com uma expressão
de raiva.
-
Sem sabedoria os colares podem libertar um mau que esse novo mundo não conhece!
– Guardiã Brenda.
-
Seu trabalho por aqui acabou, e sua incompetência vai custar sua vida! –
Guardião levantando a espada.
-
Não, por favor! Deixe-me explicar!
- Só fiz o que deveria ser feito, eles
encontraram o pergaminho...
Com espanto, o guardião abaixou
levemente a espada que estava prestes a ser usada contra Aliarim.
-
Como assim eles encontraram o pergaminho? Não parecem estar preparados para
isso. – Diz a guardiã confusa se colocando a frente do guardião Fernando fazendo
com que ele recolhesse a espada, deixando que Aliarim se explicasse.
-
A única forma de o mau ser derrotado é ressurgindo, para trazer a paz aos dois
mundos. – Aliarim explicou.
-
Certo! Você serviu muito bem ao reino, mas por ter se precipitado ao se
desfazer de algo tão valioso, mesmo com razão, era necessário a nossa interferência,
por isso a corte decidirá o que fazer com você. - Guardiã Brenda.
-
Sempre estragando a parte divertida do trabalho Brenda! – diz o Guardião mostrando insatisfação e aceitação.
-
Fica quieto Nando, agora temos coisas mais importantes para tratar, por exemplo,
vigiar de perto os garotos e os colares, para impedi-los de fazer alguma
besteira.